domingo, 2 de setembro de 2007

Revistas - Brasil

As revistas brasileiras também começaram com a mesma dúvida sobre quem teria sido a primeira. Em 1808 saiu o Correio Braziliense ou Armazém Literário. Quatro anos depois surgiu As Variedades ou Ensaios de Literatura. Como ambos tinham aparência de livro, o Correio passou a ser o primeiro jornal, porque alguns historiadores acharam que Variedades obedecia mais a um espírito editorial de revista, e ela virou oficialmente a número um da categoria.

Até 1830, revistas eram um produto caro, de elite, consumido pelas classes mais altas, de formação escolar avançada. O negócio nasceu quando um inglês decidiu fazer uma revista mais barata. Sabe-se que essa primeira revista popular tinha matérias leves de entretenimento, informação variada, era quase um almanaque. Como esse tipo de conteúdo interessava a uma quantidade maior de leitores, e com a ajuda do preço de capa baixo, a revista ganhou circulação e a circulação maior atraiu anunciantes.

Por sua vez, o dinheiro movimentado pelo negócio propiciou o avanço tecnológico, que aperfeiçoou os sistemas de produção e de impressão em massa, o que fez com que as revistas fossem produzidas a preços unitários cada vez menores.

A primeira revista feminina brasileira teve um nome comprido e uma vida curta: nasceu em 1827 e morreu em 1828. O título era O Espelho Diamantino, e o subtítulo dizia: “Periódico de Política, Literatura, Bellas Artes, Theatro e Modas Dedicado às Senhoras Brasileiras”. Vida curta, aliás, foi característica do nascimento de muitas revistas em todo o mundo.

Por incrível que pareça, Assis Chateaubriand já tivera a idéia de lançar uma revista ilustrada muito antes dos norte-americanos e dos europeus: O Cruzeiro é de 1927, mas o Jornalismo Fotográfico só foi incorporado depois do aparecimento da americana Life. Mais inspirada no modelo francês, Manchete surgiu em 1952.

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